Gostou? Então espalha pra galera!

30 agosto 2011

O haver



" Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura
Essa intimidade perfeita com o silêncio
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo
- Perdoai-os! Porque eles não têm culpa de ter nascido..." 
(Vinícius de Moraes)
***

25 agosto 2011

Julgar os outros parece fácil, né?



"Antes de julgares a minha vida ou caráter...
Calça os meus sapatos e percorre o caminho que eu percorri, 
Vive as minhas tristezas, as minhas dúvidas, as minhas alegrias!! 
Percorre os anos que eu percorri, tropeça onde eu tropecei e levanta-te assim como eu o fiz!!! 
Cada um tem a sua própria história! 
E então, só aí poderás julgar-me!"

[By Fernando Manuel Ribeiro]




E Assim Transpor As Leis Mesquinhas dos Mortais......


Vou!
Entre a redenção
E o esplendor
De por você viver...

(...)
Sim!
Quis sair de mim
Esquecer quem sou
E respirar por ti
E assim transpor as leis
Mesquinhas dos mortais...
Agoniza virgem Fênix
O amor!
Entre cinzas arco-íris
Esplendor!
Por viver às juras
De satisfazer o ego mortal...
Coisa pequenina
Centelha divina
Renasceu das cinzas
Onde foi ruína
Pássaro ferido
Hoje é paraíso...
Luz da minha vida
Pedra de alquimia
Tudo o que eu queria
Renascer das cinzas...
[Jorge Vercilo - Fênix]

24 agosto 2011

Mudanças no Blog...

 "Tenho vontade de escrever, 
e tenho uma necessidade ainda maior de tirar 
todo tipo de coisas de dentro de meu peito."
Diário de Anne Frank

Todas as vezes que exponho algo sobre minha vida aqui, o faço para aliviar algo que me inquieta num determinado momento. São sentimentos que reviram meu interior, e que, de certo modo, causam alguma pertubação interna que precisa ser "colocada pra fora". Por isso, chamo esse lugar aqui de "divã particular"... Um "particular" que na verdade é público. E por ser público sei que pode trazer-me consequências positivas e, também negativas.



Sei que nem todos possuem sensibilidade [e consciência] suficiente para entender esse tipo de coisa, isto é, essa necessidade de escrever que algumas pessoas possuem. Logo, essas pessoas que não conseguem compreender esse sentimento, imaginam que quem usa a escrita para esse fim, tem a única intenção de chamar atenção para si. O que não é verdade.


Essa exposição toda me traz alguns benefícios, como por exemplo, amigos/leitores que compartilham dos mesmos medos, anseios, problemas e dilemas, e que se sentem "amparados" por algumas palavras que eu compartilho por aqui. Em casos assim, ocorre um tipo de identificação que nos leva a acreditar que não passamos por determinadas situações sozinhos. Ou seja, é como se descobríssemos que existe mais gente passando pela mesma coisa que nós. E isso, de certa forma, nos conforta um pouco mais.


Por outro lado, há também a parte ruim: pessoas que de tanto lerem sobre mim, acabam "achando" que me conhecem, e terminam fazendo julgamentos infundados ou precipitados sobre minha pessoa. Confesso que isso muitas vezes me desagrada. Mas só desagrada porque geralmente quem fala certas coisas, não sabe quem eu sou de verdade. Só "acha" que sabe... 


No entanto, entendam: não é a crítica em si que me incomoda. O que me incomoda de verdade, é a falta de respeito de alguém que não me conhece, não sabe de praticamente nada de minha vida, mas ainda assim, acha-se no direito de questionar algumas atitudes que tomo ou deixo de tomar.


Pessoas como eu, que usam a escrita como forma de desabafo em momentos difíceis (ou em momentos alegres) acabam tornando-se incompreendidas e alvos de insultos (e até mesmo de inveja) de pessoas de mente pequena e tacanha. 


Conheço pessoas que já passaram por essa mesma situação em blogs que eu acompanho sempre. Acusam-nos (como se tivessem algum poder para isso) de querer chamar atenção dos outros, de querer ganhar fama, e de vários outros absurdos. E as acusações vêm, muitas vezes, em forma de insultos feitos por anônimos covardes, que não possuem ao menos a dignidade de divulgarem seus nomes verdadeiros em um comentário




Já faz um tempo que eu deixei os comentários desse blog sem moderação. Isso por acreditar que facilitaria a interação entre o blog e seus leitores, que mesmo não sendo muitos, são importantes. E, mesmo colocando um aviso de que comentários anônimos não seriam aceitos, eu já aceitei vários comentários desse tipo aqui [até mesmo os que não possuíam um conteúdo muito agradável...]. Talvez isso tenha sido uma tentativa de tornar esse ambiente um tanto quanto democrático. 


No entanto, devido a acontecimentos recentes, vou ter que mudar de posicionamento quanto a isso. A partir de agora, todos os comentários deixados no blog passarão por moderação [para quem não sabe o que isso significa, quer dizer que todos os comentários poderão ser aprovados ou não]. E isso por acreditar que [ainda] posso escolher se quero ou não ser insultada. Quanto aos comentários anônimos, mesmo que estejam fazendo elogios, não serão aceitos. Sei que as pessoas de bem que visitam esse blog me entenderão. 


Se um dia irei mudar novamente de opinião, não sei. Só sei que por enquanto, é isso.



17 agosto 2011

Distância e Espera...



Demoras e Ausências

É fácil falar de espera
quando não é você que está do outro lado da linha
enquanto não é sua caixa de correios que lota de cartas
e não é sua casa que tem paredes de sobra

É simples não se preocupar com o tempo 
quando não é o seu corpo que acumula ausências enquanto
 não é sua boca que guarda beijos para depois
e não é a sua pele que se perfuma para ninguém

(...)

Cáh Morandi, aqui.





16 agosto 2011

Viver [feliz] é o que importa.

É comum acharmos que nunca estamos preparados pra "isso ou aquilo" que a vida nos apronta. Se é tragédia, achamos que não suportaremos todas as coisas e sentimentos ruins que virão depois dela. Se é felicidade demais, nos achamos incapazes [ou não merecedores] de tamanha bonança. O ser humano é um bicho esquisito mesmo. 

Até passar por algo, você nunca saberá se é, ou não, preparado para aquilo. Na maioria das vezes é, mas você não tem como saber... até passar. 

Eu sempre tive muito medo da morte. Não da minha, mas das pessoas que amo. Aquelas que estão BEM próximas a mim. A morte é triste, dolorosa, e, embora saibamos que a mesma seja a única certeza que podemos ter, ainda sofremos muito com a partida de pessoas queridas. É difícil acreditar, principalmente no momento em que a morte ocorre, que aquela pessoa que fazia parte da nossa vida cotidiana, já não mais estará presente fisicamente. Dói. Dói muito. Mas é preciso entender que todos estão passíveis de enfrentar um acontecimento assim. E comigo não seria diferente.

Eu nunca achei que suportaria [ou superaria] a morte de alguém próximo. Sempre tive muito medo do momento em que isso acontecesse. Eu sabia que muito provavelmente isso iria acontecer antes que eu mesma morresse, mas mesmo assim, temia o momento. Sempre achei que não aguentaria passar por tanta dor. Mas o tempo nos mostra outra coisa...

Hoje, depois de ter passado por essa morte tão trágica, sei que é possível sobreviver a algo assim. E não só isso! Sei que também é possível: entender, conformar-se, superar(-se), crescer e até voltar a sorrir de novo um dia.

Se dói ainda? Dói, mas só quando eu permito a dor vir. E no momento eu não estou permitindo. Decidi fechar meu coração para a dor. Agora deixo apenas que sentimentos nobres e benéficos se instalem em mim. Não é bom sofrer. Não é bom alimentar um sentimento que não te faz bem, seja ele qual for. Até um amor não correspondido, mesmo sendo amor, faz mal por não existir reciprocidade. 

Então, por isso resolvi continuar ou voltar a viver. Mas para mim não serviria qualquer tipo de "viver". Para mim, só interessaria se a esse "viver" fosse agregada a tão almejada FELICIDADE. Aí sim, me sentiria bem disposta para continuar a jornada. 


E agora eu vos digo: encontrei novamente a felicidade. Achei que isso fosse demorar muito pra acontecer, devido ao estado em que eu me encontrava. Mas foi um encontro tão inesperado, que por um breve momento, senti que não fosse possível voltar a conviver com isso. Era como se eu já tivesse desacostumando-me com a ideia de ser feliz um dia. No entanto, antes que a felicidade fosse embora outra vez, eu a agarrei. Resolvi "permitir" que ela fizesse parte da minha vida novamente... E agora estou aqui, como mais força de vontade do que nunca pra poder continuar minha vida.

Sei que muitos acharão estranho uma mudança tão súbita. Sei que outros farão julgamentos precipitados e maldosos. Sei até que muitos gostariam que eu passasse mais tempo "curtindo" o luto e a tristeza desmedida, encarando isso como prova de amor a Anderson (como já aconteceu aqui). Um amor, diga-se de passagem, que ele sentiu que era real e verdadeiro todos os dias em que convivemos juntos. E se tem uma coisa que me deixa tranquila e de consciência limpa, é isso: saber que todos os dias que Anderson viveu ao meu lado, eu fiz de tudo para tornar a vida dele melhor e mais feliz. E quem acompanhou de perto essa história, sabe o quanto eu obtive sucesso nesse sentido.

Mas a essas pessoas (que provavelmente não me conhecem, e assim sendo, não sabem nem de longe o que passei, e por isso mesmo, não são capazes de me desejarem o bem), eu digo apenas isso: o que vocês pensam, acham ou imaginam sobre mim não mudará quem eu realmente sou. E, da mesma forma que eu demonstrei força para superar esse trauma, demonstrarei força também para lidar com esse grupo de pessoas que preferiria me ver mergulhada em uma depressão profunda...

Desculpe-me se "decepcionei" vocês, mas, nesse momento, estou optando por ser FELIZ. E "viver feliz", para mim, é o que importa!


"É melhor ser alegre que ser triste, alegria é a melhor coisa que existe..."












08 agosto 2011

De volta! Porém, ainda sem tempo!

Quem sempre passa por aqui - por esse amalucado e esquisito blog, deve ter estranhado uma súbita ausência dessa pessoa que vos escreve now, nos últimos dias [lembrando que a ausência foi quase total: twitter, facebook, orkut...]. Pois então. Vim aqui dar um pouco de satisfação aos meus 5 leitores! 

O seguinte é o negócio: tem muita coisa acontecendo em minha vida nesse momento, mas o que mais vem tirando meu tempo, é a tal volta às aulas. Depois de 80 dias de greve na rede estadual de ensino, recomeçamos o nosso trabalho tão desmotivados quanto antes (ou ainda mais). Isso porque nossa amada [#not] governadora só faltou nos chamar de "bandidos". Na verdade chamou, pois colocou a Justiça "pra correr atrás de nós," pobres e humilhados "sofressores". Encurralados, mas ainda assim, com muita vontade de lutar, tivemos que reassumir nossos postos, sem ter tido nenhuma grande vitória. No entanto, sabemos que apesar de uma batalha "praticamente" perdida, precisamos continuar nessa guerra em prol da qualidade na educação e da melhoria das condições de trabalho para os professores. [Indico o texto do meu amigo @gilbersoares sobre o assunto: vai lá!]

Mas, tirando os assuntos profissionais, há também outro fato que está acontecendo... Algo completamente inesperado e súbito, e que eu jamais imaginei que pudesse acontecer [e mais: justamente agora!]. Mas esse assunto merece um texto especial. Já até comecei a falar aqui, nessa outra postagem, porém, nos "próximos capítulos" comentarei mais detalhadamente sobre o mesmo! Aguardem!

Ah! Outra coisa bem legal que aconteceu, foi a publicação de um texto meu [contando a minha história com Andinho e todo esse momento de superação pelo qual venho passando] no site Tempo de Mulher, da jornalista Ana Paula Padrão. Recebi o convite para escrever esse texto, da querida e talentosíssima  blogueira, jornalista, e também escritora Juliana Dacoregio - que faz parte da equipe do TDM, e aceitei-o prontamente. O site entrou "no ar" hoje, e minha história está lá, na estréia do espaço "Você no Tempo de Mulher". Quem quiser conferir, é só clicar aqui. [Mas termina de ler esse texto aqui antes, ok? ;) rsrs..]



Particularmente, fiquei muito lisonjeada ao ver um texto meu publicado em um portal tão importante quanto esse. Sei que é uma exposição muito grande, é uma história triste, mas acredito que, assim como a própria @JuDacoregio disse, minha história pode ajudar ou até inspirar alguém que esteja passando pela mesma situação ou por coisa parecida. Minha intenção foi somente essa.

Hoje posso dizer que estou bem. Tive recentemente uma grande recaída, como vocês bem viram aqui. No entanto, o mundo gira e outras coisas acontecem. As bonanças às vezes chegam mesmo após as tempestades... Isso não é um simples clichê. Pode acontecer de verdade!

Sei que não há como esquecer dele, nem do que vivemos, nem do que aconteceu de pior. No entanto, descobri que há sim como superar e voltar a viver. E mais, voltar a viver feliz. Como diz um amigo meu: "que cada um procure suas melhoras". E eu estou aqui, procurando [e encontrando] as minhas!

Voltarei em breve [tomara mesmo!] pra terminar - ou começar, de contar as novidades!

Té mais!




01 agosto 2011

Mudanças bruscas e outras conversas...

"Quando tudo está (ou parece!) perdido, 
sempre existe um caminho..." 
[Renato Russo]

Vocês sabem... Há uns dias atrás, eu visitei o fundo do poço emocional. Chorei. Adoeci. Lamentei-me. Revivi sentimentos que me desgastaram, que me maltrataram e que me fizeram sentir aquela dor que nenhum remédio é capaz de curar.

Sim, eu estive lá... Não sei bem porque eu entrei nesse poço, mas quando ainda estava dentro dele, tive um surto de consciência e decidi que não poderia continuar ali para sempre. E, a partir dessa constatação, e de um enorme [e corajoso] esforço particular, resolvi me libertar daquilo que estava me tirando o sorriso.

E disposição pra superar essas mazelas ainda não me faltou. Por isso, apesar de toda a dificuldade, eu consegui sair. E consegui também, com muito custo, colocar o sorriso no rosto novamente.

Só que esse sorriso não veio assim, de forma tão aleatória. Algo completamente inusitado tem me ajudado muito. Sabem aquelas coisas inesperadas que mudam sua vida [pra melhor] assim, de uma hora para outra? Pois bem. Aconteceu algo... Algo tão bom que ainda estou analisando se é verdade mesmo. 

Mas penso que só pode ser, já que eu estou vivendo isso. É tudo assustadoramente real. Tão real que chega a parecer absurdo (sabe quando você se pergunta: "será que isso tá mesmo acontecendo?"). Confesso que eu já tinha perdido as esperanças de algo assim me acontecer [de novo] em algum momento da vida.

Daí então, eu vi o "caminho" surgir diante dos meus olhos. E decidi, com toda a convicção, seguir por esse caminho. Não... Nem tudo está perdido. Vejo [e sinto] a esperança brotar novamente dentro de mim. Agora sim! Dessa vez, todas as certezas ofertadas trouxeram-me segurança e amparo. E mesmo com todos os medos, receios ou cautelas que ainda possam existir, resolvi ir adiante. 

É, eu sei... É muito louco tudo o que está acontecendo... Mas quem disse que não podemos encontrar felicidade na loucura? 



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