Gostou? Então espalha pra galera!

29 novembro 2009

Mais algumas coisas...

...  Para guardar na caixinha!




"Se é pra rir, eu dou risada...
Se é pra chorar, logo vem o dilúvio de lágrimas,
Mas, se é pra guardar, pego logo a caixinha, e deixo lá,
Até......!"




Beth Amorim


28 novembro 2009

As pessoas que passam em nossas vidas.

Há quem passe e deixe só cicatrizes,
Há quem passe semeando flores.
Há quem passe banhando-nos em lágrimas,
Há quem passe disposto a secá-las.
Há quem passe torcendo por nossa vitória,
Há quem passe aplaudindo nossos fracassos.
Há quem passe ajudando-nos a levantar,
Há quem passe fazendo-nos cair.
Há quem passe como sombra,
Há quem passe como luz.
Há quem passe como pedra no caminho,
Há quem passe como pedra de construção.
Há quem para todo todo deslize veja uma falha
irreparável,
Há quem nos ofereça o perdão.
Há quem ignore nossos erros,
Há quem nos ajude a corrigir.
Há quem passe rápido, veloz, despercebido,
Há quem deixe marcas profundas.
Há quem simplesmente passe,
Há quem fique para sempre no coração.
Há quem passe pela vida,
Mas, há quem não deixe a vida passar
Sem um gesto de carinho,
Sem o AMOR ofertar!

[HÁ QUEM PASSE PELA VIDA... Regina Célia Suppi]


27 novembro 2009

A morte lenta

Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.

Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.

Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe. Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.


Sobre a autora:
Martha Medeiros nasceu em Porto Alegre em 1961. Formada em Publicidade. Escreveu livros de poesias e de crônicas, seu mais recente lançamento é o livro de ficção: Divã. Martha é cronista do jornal Zero Hora.

Atire a primeira Flor

Quando tudo parecer caminhar errado, seja você a tentar o primeiro passo certo; Se tudo parecer escuro, se nada puder ser visto, acenda você a primeira luz...
Traga para a treva, você primeiro, a pequena lâmpada;
Quando todos estiverem chorando, tente você o primeiro sorriso;
talvez não na forma de lábios sorridentes, mas na de um coração que
compreenda, de braços que confortem;

(
Glácia Daibert)

26 novembro 2009

Quero Férias!!!!!


Por enquanto... Só em sonho mesmo!!!!!

Porque, no momento,tô igual a esse doidinho aí embaixo (rs) :

Desgosto & Frustração

Frustração, do verbo "Frustrar" [Do lat. frustrare.] , que siginifica
Enquanto Verbo transitivo direto, o ato de:
1.
Enganar a expectativa de; iludir; defraudar.
2.
Baldar; inutilizar.

Enquanto Verbo pronominal,

3.Não ter o resultado que se esperava; não sair como se pretendia; malograr-se, falhar:

****************************

Desgosto,

Substantivo masculino.

1.
Ausência de gosto ou prazer; desprazer.
2.
Pesar, mágoa, tristeza, descontentamento


****************************
Duas coisas horríveis de se sentir... Principalmente quando elas vem no mesmo momento...
Bt. Am.

24 novembro 2009

O Mundo

O mundo é pequeno pra caramba
Tem alemão, italiano, italiana
O mundo, filé à milaneza
tem coreano, japones, japonesa

O mundo é uma salada russa
tem nego da Pérsia, tem nego da Prússia
O mundo é uma esfiha de carne
tem nego do Zâmbia, tem nego do Zaire

O mundo é azul lá de cima
O mundo é vermelho na China
O mundo tá muito gripado
Açucar é doce, o sal é salgado

O mundo - caquinho de vidro -
tá cego do olho, tá surdo do ouvido
O mundo tá muito doente
O homem que mata, o homem que mente

Por que você me trata mal
se eu te trato bem?
Por que você me faz o mal
se eu só te faço bem?

Composição: André Abujanra

23 novembro 2009

Um Grito em Silêncio

Às vezes grito
preciso estancar meu silêncio
exorcizar meus demonios
e calar meus infortúnios

Às vezes choro
preciso lavar minhas insanidades
destruir muros de dor
e soltar as amarras do sofrer


(...)
"Meu Grito"
Autora: Neguinha Mucelli


Verdade ou mentira? A origem das histórias do imaginário cigano

Ciganas lêem a sorte

Amparados pelo mistério que os rodeava, os ciganos perceberam que poderiam utilizar a curiosidade dos povoados sobre o futuro como um modo de fazer negócio e ganhar dinheiro. A crença virou parte da cultura cigana. Hoje, as ciganas lêem até mesmo a sorte de outras mulheres do grupo, mas, nesse caso, sem dinheiro envolvido.

Ciganos roubam crianças

Essa crença pode ter vindo do hábito dos ciganos de circo de incorporar à trupe crianças órfãs ou abandonadas que se encantavam pelo seu estilo de vida. Mas o mais provável é que o medo daquele povo desconhecido o tenha transformado em uma espécie de bicho-papão para os europeus.

Ciganos são negociantes

É possível que sua vida errante tenha favorecido atividades relacionadas ao comércio. Além de terem acesso a objetos “maravilhosos” dos lugares por que passavam, conseguiam carregar a sua forma de sustento numa mala sempre que precisavam levantar acampamento.

Ciganos são trapaceiros

Na Idade Média, aquelas pessoas exóticas e desconhecidos eram vistas como bruxas (muitas foram queimadas durante a Inquisição). A vida à margem da sociedade muitas vezes os empurrava à criminalidade. As outras formas que encontravam para ganhar dinheiro – comércio e leitura de mãos – colocavam à prova sua honestidade. Essa confluência de fatores pode ter criado a imagem do cigano trapaceiro.

Ciganos falsificam ouro

Tradicionalmente, muitos grupos ciganos dominam o trabalho com metais. Algumas etnias carregam isso até no nome, como os kalderash (“caldeireiros”, em romani). No Brasil, os ciganos participaram da exploração de minas de ouro no século 18. Junte-se tudo isso à fama de trapaceiros e fica fácil entender a crença de que eles falsificam metais.

Ciganos honram a palavra

Como são um povo sem escrita, as leis ciganas são regidas com base na palavra dada. O não-cumprimento de uma regra ou de um acordo representa uma grande ofensa à sociedade cigana, e quem o faz é desmoralizado perante o grupo.

Para saber mais

Anticiganismo – Os Ciganos na Europa e no Brasil

Frans Moonen, Centro de Cultura Cigana, 2008.dhnet.org.br/direitos/sos/ciganos/index.html

História do Povo Cigano

por Luciano Marsiglia [ Super/256/Setembro - 2008]
Angus Fraser, Teorema (Portugal), 1997.

22 novembro 2009

Rir sempre é o melhor remédio!


E-Mail Errado*

Quando o homem chegou e foi para seu quarto no hotel, viu que havia
um computador com acesso à internet, então decidiu enviar um e-mail
à sua mulher, mas errou uma letra, sem se dar conta, e o enviou a outro
endereço (outra pessoa)...

O e-mail foi recebido por uma viúva que acabara de chegar do enterro
do seu marido e que, ao conferir seus e-mails, desmaiou instantaneamente.

O filho, ao entrar em casa, encontrou sua mãe desmaiada, perto do
computador, em que na tela se poderia ler:
Querida esposa: Cheguei bem. Provavelmente se surpreenda em receber
noticias minha por e-mail, mas agora tem computador aqui e podem-se
enviar mensagens às pessoas queridas. Acabo de chegar e já me certifiquei
que já está tudo preparado para quando você chegar na sexta que vem.
Tenho muita vontade de te ver e espero que sua viagem seja tão tranqüila
como está sendo a minha.

PS: Não traga muita roupa, porque aqui faz um calor infernal...

Iguais, mas diferentes - Quem são os 3 principais grupos ciganos

Rom ou Roma

Predominantes nos países balcânicos, principalmente na Romênia, falam romani, a mais conhecida das línguas ciganas, e são o grupo mais estudado pelos pesquisadores. São divididos em subgrupos: kalderash, matchuaia, curcira, entre outros. Consideram-se os “ciganos autênticos”.

Sinti

Também chamados de manouch, são mais numerosos na Itália, no sul da França e na Alemanha. Falam a lingua sintó, para alguns pesquisadores, uma variação do romani. Não há estudos que apontem a presença significativa desse grupo no Brasil.

Calon ou Kalé

Conhecidos por “ciganos ibéricos”, já que viviam na Espanha e em Portugal antes de se espalhar pelo resto da Europa e da América do Sul. São os criadores do flamenco e responsáveis pela popularização da figura da dançarina cigana. Falam a língua caló e são o grupo mais numeroso do Brasil.


por Luciano Marsiglia [ Super/256/Setembro - 2008]

21 novembro 2009

Os ciganos hoje.


Imagina-se que existam 15 milhões de ciganos espalhados pelo mundo. Como tudo relacionado a esse universo, essa é só uma estimativa – eles vivem à margem da sociedade e não costumam participar de pesquisas de censo demográfico.
 
E isso, por si só, já é uma polêmica. Em maio deste ano, o premiê italiano, Silvio Berlusconi, autorizou que fosse feito um censo especial para mapear a presença de ciganos sem moradia fixa na periferia das grandes cidades italianas. O censo incluiria dados como etnia, religião e impressão digital – que não são exigidos na identidade dos italianos. Os ciganos saíram às ruas em protesto, argumentando que essa seria uma ferramenta racista e discriminatória.

A medida foi considerada ilegal pelo Parlamento Europeu, já que impõe exigências desiguais a cidadãos do bloco. Mas os ciganos continuam com medo de ser expulsos do país, ainda que um terço dessa população não seja nem mesmo imigrante.

O receio é justificável: desde o século 15 os ciganos não têm um momento de folga. Até o século 19, eles foram escravizados na região onde hoje é a Romênia. Durante a 2a Guerra Mundial, foram perseguidos pelos nazistas, sendo, de acordo com alguns historiadores, o povo mais dizimado pelo Holocausto: do 1 milhão de ciganos que vivia na Europa, 500 mil foram assassinados. Muitos dos sobreviventes emigraram para os EUA, daí a lei que impedia sua entrada no estado de Nova Jersey, que só foi abolida nos anos 90.

“Na Europa, em praticamente todos os países, os ciganos são a minoria mais discriminada, muito mais do que os judeus ou os negros”, diz Moonen. E no Brasil não é muito diferente. O primeiro grupo de ciganos, de maioria calon, chegou por aqui no século 16, deportados de Portugal. Os rom vieram de forma voluntária a partir da 2a metade do século 19. Naquela época, eram comerciantes ambulantes de escravos, cavalos e artesanatos. Hoje compram e vendem carros, televisores e toalhas. Os mais recentes, às vezes bem pobres, vieram do Leste Europeu após a derrocada da União Soviética. Alguns são sedentários, mas a maioria se mantém na vida itinerante. Todos sofrem com desconfianças e preconceitos.

A cidade de Sousa, no interior da Paraíba, é um caso clássico. Os cerca de 450 ciganos fixados há anos por lá não recebiam entregas de correio nem tinham o lixo coletado em seu acampamento. Curiosamente, muitas escolas recusavam a matrícula de crianças ciganas. O caso ficou bem conhecido na região: foi necessária a intervenção da Procuradoria da República da Paraíba para resolver a questão.

Tanto no Brasil quanto na Europa, o analfabetismo entre os ciganos é alto. Por aqui, segundo a historiadora Isabel Fonseca, 3 em cada 4 mulheres ciganas são analfabetas. Por lá, escolas que só aceitam ciganos têm os piores níveis de qualidade. A falta de estudo e a vida à margem os empurram cada vez mais para a criminalidade, o que alimenta as visões deturpadas e generalizadas que sobrevivem desde os primeiros contatos entre ciganos e europeus. Enquanto não forem compreendidos, eles se mudarão e começarão tudo de novo. Seguirão vivendo sua saga cigana.

“Parece que os ciganos vieram ao mundo somente para ser ladrões: nascem de pais ladrões, criam-se com ladrões, estudam para ser ladrões (...).”

– La Gitanilla, Miguel de Cervantes, 1613.

por Luciano Marsiglia [ Super/256/Setembro - 2008]

20 novembro 2009

O que é ser cigano?


Definir a identidade cigana é bem mais difícil do que parece. Subdivididos em 3 principais etnias (rom, calon e sinti), eles não constituem um povo homogêneo. Nem todos são nômades. Nem todos falam romani. Nem todos dançam ao redor de fogueiras ou usam roupas coloridas. Podem ser pobres ou ricos. Podem ser cristãos, muçulmanos, judeus. O que faz deles um povo é uma sensação comum de não serem gadgés – como eles chamam os não-ciganos – e de se identificarem como rom, calon ou sinti. “O termo ‘cigano’ só funciona nessa oposição”, diz o pesquisador Frans Moonen, autor do livro Anticiganismo – Os Ciganos na Europa e no Brasil.
Mas, apesar de todas as divergências, algumas características permitem traçar um perfil comum a esses grupos. A primeira delas é o espírito viajante. Ainda que nem todos sejam nômades, os ciganos não se sentem pertencentes a um único lugar. Não criam raízes, não têm uma noção concreta de propriedade – estão sempre fazendo negócios com seus pertences, preferencialmente em ouro, que não perde valor e é aceito em qualquer nação (por isso a imagem cigana é vinculada ao uso do ouro como adereço, especialmente nos dentes das mulheres). Eles não gostam de se submeter a leis e a regras que não sejam as deles. Prezam, acima de tudo, a liberdade. Assim, podem até se estabelecer por muito tempo em um mesmo lugar (como é comum entre os sinti). Mas, nesse caso, procuram morar em uma mesma rua ou, de preferência, em acampamentos onde possam preservar sua autonomia e manter a unidade familiar – outro aspecto primordial na vida cigana.
É em torno da família que uma comunidade cigana se organiza. Há um líder, sempre um homem, nomeado por mérito e não por herança. Ele é escolhido levando em conta vários aspectos. Um deles, importantíssimo para conseguir alugar um terreno, montar um circo ou participar de feiras, é ter um documento de identidade, o que se tornou um verdadeiro desafio – o cigano não consegue registrar o nascimento dos filhos porque não possui documentos próprios, em um processo sem fim. Também deve ser um bom interlocutor entre o poder público e seu grupo, além de ter habilidade para resolver os problemas internos do acampamento. É ele quem dita as regras, divide as tarefas, cria as leis do grupo.
A sociedade cigana é patriarcal, quase machista. Ao se casar, o homem vira o responsável pelo sustento do lar. A mulher passa a morar com a família do marido e deve cuidar dele, dos sogros, da casa e dos filhos. Isso costuma acontecer cedo, ainda na adolescência: logo após a primeira menstruação, a menina já é considerada apta para casar e ter filhos. A noiva deve ser virgem. Tradicionalmente, sua pureza é comprovada em um dos rituais da longa festa de casamento, em que o lençol da noite de núpcias é exibido para toda a comunidade. Antigamente, os pais do noivo deviam pagar um dote à família da moça, mas esse hábito já não existe mais na maior parte dos acampamentos.
O casamento entre primos, no entanto, continua sendo estimulado, também na tentativa de preservar o núcleo familiar. É natural que em comunidades nômades seja mais difícil acontecer um casamento entre ciganos e gadgés. Mas é possível e permitido. Nesse caso, o homem ou a mulher deve mudar de vida. Ser cigano não depende do sangue – se o gadgé optar por se integrar ao grupo, automaticamente vira um deles.
À medida que se estabeleceram na Europa e nas Américas, os ciganos assimilaram cerimônias e ritos ocidentais. No Brasil, por exemplo, o catolicismo foi adotado pela maioria (é comum encontrar imagens da Nossa Senhora Aparecida nas barracas). Mas algumas tradições permanecem fortes. A simbologia da morte é a principal delas. “Quando um cigano morre, há um processo de morte que se instala em todos os indivíduos do grupo”, afirma Aluízio. Os calon realizam rituais de cura assim que é diagnosticada a doença. Além de aceitar a medicina tradicional, eles recorrem a rezas, correntes de orações, garrafadas de ervas, chás e simpatias, geralmente ministradas por uma curandeira do grupo.
Durante o velório, o morto é o centro do ritual e, dependendo da posição que ele ocupava, a família se reestrutura: uma nova liderança terá que ser eleita. O corpo do falecido é lavado, untado com ervas aromáticas e vestido adequadamente. Esse momento de sofrimento e cumplicidade é importante para a identidade do grupo. Como em outras culturas, percebe-se a possibilidade de transcendência. No caso dos ciganos, esse é o momento de encontrar a sua alma naturalmente viajante.
Em alguns acampamentos, eliminam-se todos os pertences do morto. Até o seu trailer chega a ser queimado. “É como um corte na história. Nada é guardado, não se resgata o passado”, diz Florencia Ferrari, estudiosa do assunto e autora do livro Palavra Cigana. Depois da morte de um membro, muitos grupos ciganos se mudam para outro acampamento.
por Luciano Marsiglia [ Super/256/Setembro - 2008]

Nossa Receita!!!



19 novembro 2009

Sobre o Estresse

Nesses últimos dias encontro-me bastante cansada... É um desânimo, uma irritação constante...
Os sinais não mentem: Estou com Estresse.
Ainda falta um mês para as férias, e nesse último mês, acredito que isso vai piorar... Infelizmente, estou sem tempo para nada... As poucas horas de lazer, não são bem aproveitadas, ou simplesmente não existem. Me preocupo excessivamente com meus problemas e com os problemas das pessoas que estão próximas a mim... É muito desgaste...

Viajando por essa net a dentro, descobri quais são os principais sintomas de um "bom" estresse! E, mais! Descobri que estou com a maioria deles...

Vejam só:

O Estresse pode tomar diferentes formas e contribuir para sintomas de doenças. Os sintomas mais comuns incluem dor de cabeça, desordens do sono, dificuldade de concentração, temperamento explosivo, estômago perturbado, insatisfação no trabalho, moral baixo, depressão e ansiedade. {Obs.: Esses em negrito são os que sinto diariamente! Dá para acreditar???}
E aí, diante dos sintomas, o que podemos fazer, é combater essa "praguinha" do estresse, que termina afetando toda sua vida... Como?? Aí vão algumas dicas, que eu também irei adotar, na medida do possível...

Não permita que o estresse o deixe doente. Escute o seu corpo, de modo que perceba quando o estresse estiver afetando sua saúde. Aqui estão algumas formas de ajudá-lo a lidar com o estresse:

  • Relaxe. Cada pessoa tem a sua própria maneira de relaxar. Algumas incluem respiração profunda, yoga, meditação e terapia de massagem. Se você não conseguir fazer essas coisas, tire alguns minutos para sentar, escutar uma música calma ou ler um livro.

  • Reserve tempo para si mesmo. É importante cuidar de si mesmo. Pense nisso como uma ordem médica, de modo que não se sentirá culpado! Não importa o quanto seja ocupado, você pode reservar pelo menos 15 minutos diários na sua agenda para fazer algo para si mesmo, como tomar um banho quente numa banheira de espuma, caminhar ou conversar com um amigo.

  • Durma. Dormir é uma ótima forma de ajudar tanto o seu corpo quanto a sua mente. Além disso, você não pode combater doenças tão bem quando não dorme direito. Com sono suficiente você pode encarar melhor seus problemas e diminuir o risco de doenças. Tente dormir de 7 a 9 horas cada noite.

  • Alimente-se corretamente. Tente abastecer-se com frutas, vegetais e proteínas. Boas fontes de proteína podem ser manteiga de amendoim, frango e salada de atum. Coma grãos integrais. Não seja iludido pelo ânimo que obtém da cafeína e do açúcar.

  • Mova-se. Acredite ou não, praticar atividade física não somente contribui para relaxar a musculatura tensa, mas também ajuda o seu humor! Seu corpo fabrica certos elementos químicos, chamados endorfinas, antes e depois do exercício físico. Eles aliviam o estresse em melhoram o humor.

  • Converse com os amigos. Amigos são bons ouvintes. Encontrar alguém que o deixará falar livremente sobre seus problemas e sentimentos faz muito bem. Isso também o ajuda a escutar outros pontos de vista. Amigos o lembrarão que não está sozinho.

  • Tenha ajuda profissional se precisar. Converse com um terapeuta, que pode ajudá-lo a lidar com o estresse e encontrar melhores maneiras de encarar os problemas. A terapia pode ajudar em desordens mais sérias relacionadas ao estresse, como a desordem do estresse pós-traumático. Há também medicamentos que podem ajudar a dormir e aliviar os sintomas da depressão e ansiedade.

  • Escreva seus pensamentos. Você já escreveu um e-mail para um amigo sobre seu dia conturbado e sentiu-se melhor depois disso? Por que não pegar papel e caneta e escrever o que está passando em sua vida? Manter um diário pode ser uma ótima forma de tirar os problemas das suas costas e ajudar pensar em como resolver as coisas. Depois você pode ler anotações antigas e ver como progrediu!

  • Ajude os outros. Ajudar alguém também pode ajudá-lo. Ajude seu vizinho ou seja voluntário em sua comunidade.

  • Tenha um hobby. Encontre algo que goste de fazer. Certifique-se de encontrar tempo para explorar seus interesses.

  • Estabeleça limites. Quando tratar de coisas como trabalho ou família, descubra o que você pode realmente fazer. Há apenas 24 horas no dia. Estabeleça limites para si mesmo e para os outros. Não tenha medo de dizer NÃO para pedidos por seu tempo e energia.

  • Planeje seu tempo. Pense antecipadamente como gastará seu tempo. Escreva uma lista de coisas a fazer. Descubra o que é mais importante para fazer.

  • Não lide com o estresse de formas que prejudiquem sua saúde. Isso inclui beber muito álcool, usar drogas, fumar ou empanturrar-se de comida. [http://www.copacabanarunners.net/estresse.html]

Beth Amorim

Os Ciganos


Imagine um mundo em que as pessoas não tenham endereço fixo, documentos, conta em banco, carteira assinada nem história. E que a vida deles passe despercebida, como se não existisse. Que a única certeza é que nunca faltará preconceito e ignorância, medo e fascínio, injustiças e alegrias ao longo de sua interminável jornada. Bem-vindo ao mundo cigano.

Ou melhor: à imagem que temos dele. O universo cigano é tão antigo e extenso, tão cheio de crenças e histórias que nem mesmo seu próprio povo conhece bem o limite entre verdade e lenda. É que o nome “cigano” designa muitos povos espalhados por quase todas as regiões do mundo. Povos com diferentes cores, crenças, religiões, costumes, rituais, que, por razões às vezes difíceis de compreender, foram abrigados sob esse o imenso guarda-chuva (assim como populações muito diferentes são chamadas de índios).

A história dos ciganos é toda baseada em suposições. E a razão é simples: faltam documentos. Os ciganos são um povo sem escrita. Eles nunca deixaram nenhum registro que pudesse explicar suas origens e seus costumes. Suas tradições são transmitidas oralmente, mas nem disso eles fazem muita questão – os ciganos vivem o hoje, não se interessam por nenhum resquício do passado e não se esforçam por se manterem unidos. A dificuldade em se fixar, o conceito quase inexistente de propriedade e a forma com que lidam com a morte – eliminando todos os pertences do falecido – dificultam ainda mais o trabalho aprofundado de pesquisa.

Uma teoria, contudo, é aceita pela maioria dos especialistas. A partir da constatação da semelhança entre as línguas romani (praticada pelos rom, o maior dos grupos ciganos) e hindi (variação do sânscrito, praticada no noroeste da Índia, onde hoje fica o Paquistão), foi possível elucidar a primeira e grande diáspora cigana. Um grande contingente, formado, possivelmente, por uma casta de guerreiros, teria abandonado a Índia no século 11, quando o sultão persa Mahmoud Ghazni invadiu e dominou o norte do país. De lá, emigraram para a Pérsia, onde hoje fica o Irã. A natureza nômade de muitos grupos ciganos, entretanto, também permite supor um movimento natural de imigração que tenha chegado à Europa conforme suas cidades se desenvolviam, oferecendo oportunidades de negócios para toda sorte de viajantes e peregrinos.

É provável que, pelo caminho, por volta do século 15, tenham passado pelo Pequeno Egito, uma região do Peloponeso, no interior da Grécia. Pelo menos era de lá que eles diziam vir a quem perguntava a sua origem. Daí o nome gypsy (em inglês), ou gitanos (em espanhol). Mas, antes disso, ainda no século 13, um documento escrito por um patriarca de Constantinopla já advertia sobre a presença dos adingánous, um povo errante que, dizia, ensinava coisas diabólicas. O registro é o primeiro a tratar os ciganos de forma pejorativa e a registrar o medo que as cidades européias sentiam de suas caravanas. Era o começo da sina cigana.

“Desde o início do contato com o Ocidente, eles foram causa de conflitos, provocadores de desordem e subversivos ao sistema. E sofreram todo tipo de perseguições religiosa, cultural, política e racial”, diz Aluízio Azevedo, mestre em história cigana pela Universidade Federal de Mato Grosso e ele mesmo um cigano calon (veja no quadro ao lado os principais grupos ciganos). É difícil saber o que veio primeiro: hábitos pouco ortodoxos ou o preconceito em relação a uma cultura tão diferente. Os ciganos tinham a pele escura, muitos filhos, uma língua indecifrável e origem desconhecida. Talvez a falta de oportunidades de emprego tenha sido a causa do seu destino artístico. Eram enxotados e então se mudavam, levando novidades dos lugares de onde vinham. Assim, surgiu a fama de mágicos, feiticeiros. Se todos acreditavam nisso, por que não aproveitar para fazer dinheiro? E, então, as mulheres passaram a ler as mãos, a prever o futuro. Negociar objetos era outra forma de sobrevivência: os ciganos tinham acesso a mercadorias “exóticas” e podiam levar sua tralha para onde quer que fossem.

Os bandos que chegavam ao continente europeu eram liderados por falsos condes, duques ou outros títulos de nobreza. Observando os peregrinos europeus, que entravam e saíam facilmente das cidades, copiaram a idéia de salvo-conduto – uma espécie de pai do passaporte. Os ciganos inventavam que seus documentos haviam sido expedidos por Sigismundo, rei da Hungria. Justificavam a vida nômade dizendo que bispos os haviam condenado a peregrinar durante 7 anos como penitência pelo abandono da fé cristã. Alguns dos salvos-condutos permitiam até que furtassem quem não lhes desse esmolas. Uma tática para aumentar a chance de ser aceitos nas comunidades, fazer negócios e exibir seus dons artísticos. Até que a farsa acabava e eles pulavam novamente para outra cidade.

Durante a Reconquista Cristã de 1492, na península Ibérica, árabes, judeus e ciganos foram expulsos – muitos deles vieram para as Américas. Um século mais tarde, eram varridos da França, por Luís XII, e da Inglaterra, por Henrique VIII. Logo depois, a rainha Elizabeth I decretou que ser cigano era crime punido com morte. Uma das lendas que surgiram nessa época, e que até hoje perdura, é a de que um dos ferreiros que fizeram os pregos que prenderam Jesus na cruz era cigano. Por isso, sua gente teria sido amaldiçoada com uma vida nômade. E dessa forma construiu-se a imagem de povo errante, místico, perigoso e contraventor. Assim, no contato com as imagens construídas e alimentadas no Ocidente, foi criado o conceito de um povo cigano.
por Luciano Marsiglia [ Super/256/Setembro - 2008]

18 novembro 2009

Quem era Jó, por que ele tinha escravos e o que diabo é caxangá?

Jó foi um personagem do Antigo Testamento. Segundo o livro, Deus apostou com o Diabo que, mesmo perdendo os filhos e a riqueza, Jó não perderia a fé. E ganhou. Daí a expressão “paciência de Jó”.

Daí para a frente é só mistério. Nada indica que Jó tivesse escravos. O mais provável é que a cultura negra tenha se apropriado de sua figura para simbolizar o homem rico da cantiga de roda. Os escravos que faziam o zigue zigue zá seriam os fujões, que corriam em ziguezague para despistar os capitães-do-mato.

O significado de caxangá é ainda mais obscuro. Segundo o Dicionário Tupi-Guarani-Português, de Francisco da Silveira Bueno, caxangá vem de caá-çangá, que significa “mata extensa”. Já para o Dicionário do Folclore Brasileiro é um adereço usado pelas mulheres alagoanas. A palavra também já foi associado aos saquinhos utilizados no contrabando de sementes para as senzalas.

Tudo indica que, de boca em boca, o significado da palavra, ou até mesmo a composição dos versos, tenha sido muito modificado. Isso também explicaria as variações regionais da cantiga. Afinal, deixamos o Zambelê ou o Zé Pereira ficar?

por Anna Virgínia Balousser [SUPER 256, setembro 2008]

A ciência inviabiliza a crença em Deus?

“Não. A ciência trabalha na construção empírica do Universo e a religião na busca de valores éticos e do significado da vida. O alcance da sabedoria requer atenção aos dois domínios.”

Stephen Jay Gould, professor e curador do Museu de Zoologia Comparativa da Universidade Harvard.



“Sim. Quanto mais aprendemos sobre o mundo, menos vemos razão para acreditar em Deus. O senso moral pode ser estudado como qualquer outra faculdade mental, através da psicologia evolucionária e da neurociência cognitiva. Deus não tem nada a ver com isso.”

Steven Pinker, professor de psicologia da Universidade Harvard e autor do livro "Como a Mente Funciona".



“Deveria. A física, a química, a biologia, a paleontologia, a arqueologia deram, no mínimo, as explicações para o que costumava ser um mistério e nos forneceram hipóteses que são muito melhores que as oferecidas por qualquer crença em outras dimensões.”

Christopher Hitchens, jornalista britânico autor do livro "Deus não é Grande".


“Não. Há respostas que a razão não pode dar – as questões de por que e não as questões de como. Eu sou interessado em porquês e encontro muitas dessas respostas na esfera espiritual. E isso não compromete em nada minha habilidade de pensar como um cientista.”

Francis Collins, geneticista e diretor do Projeto Genoma.

por Marina Bessa [Super Interessante/ 255/ Agosto de 2008]



17 novembro 2009

Algumas invenções que 'ficaram' na HISTÓRIA!

Universidade (1150)

É fundada a primeira universidade do mundo, em Bolonha, na Itália. A criação da instituição dá à Europa o impulso intelectual que desembocaria no Renascimento no século XIV, e na Revolução Científica, entre os séculos XVI e XVII.



Óculos (1268)

O inglês Roger Bacon (c. 1220-c. 1292) constrói as primeiras lentes de cristal para corrigir distorções da visão. A invenção de Bacon demoraria mais 100 anos para se tornar prática. Em 1784, o americano Benjamin Franklin inventaria os óculos bifocais.

Relógio (1288)

Desde o início da civilização, o homem usou a água, a areia ou o Sol para marcar as horas. Até a criação do relógio mecânico, que marca as horas mesmo à noite. A instalação do relógio mecânico na Abadia de Westminster, em Londres, Inglaterra, marca uma nova era na contagem do tempo.



Imprensa (1454)

A impressão com tipos móveis se originou na China, entre 1041 e 1048. Mas foi o alemão Johannes Gutenberg (1400 - 1468) quem criou os tipos fundidos em metal e a tinta que aderia ao papel. Naquele ano, ele imprimiu a "Bíblia", em latim, em Mainz, na Alemanha.



A Terra ao redor do Sol (1543)

O teólogo polonês Nicolau Copérnico (1473 - 1543) publica "Sobre as Revoluções dos Orbes Celestes", explicando que a Terra gira em torno do Sol. A idéia dá novo rumo às ciências naturais.


Revisão do calendário (1582)

O papa Gregório XIII (1502 - 1585) e um conselho presidido pelo matemático alemão Christovam Clavius (1538 - 1612) criam um novo calendário para corrigir uma distorção na contagem do tempo. Naquele ano, do dia 4 de outubro pulou-se para 15 de outubro.



Fotografia (1839)

O francês Louis-Jacques-Mandé Daguerre (1787 - 1851) é o pai dessa invenção, que modificou a compreensão da História, a ciência e os costumes de toda a humanidade. Em 1888, o americano George Eastman criaria a câmera de filme em rolo, a primeira Kodak.



Enciclopédia (1751)

O primeiro volume da "Enciclopédia ou Dicionário Racional da Ciência", publicado em 28 de junho pelos franceses Denis Diderot (1713 - 1784) e Jean d'Alembert (1717 - 1783), é a primeira tentativa de se reunir todo o conhecimento num só lugar.

Telefone (1876)


Usando a tecnologia do telégrafo, o escocês Alexander Graham Bell (1847 - 1922) inventa um jeito de transmitir a voz a distância transformando-a em sinais elétricos.



Lâmpada elétrica (1879)

O americano Thomas Alva Edson (1847 - 1931) inventa a lâmpada com filamento de carbono incandescente.

Cinema (1895)


É exibido, em Paris, o filme "A saída dos Trabalhadores da Fábrica Lumière". A projeção de imagens em movimento foi idéia dos franceses Auguste e Louis Lumière (1862 - 1954 e 1864 - 1948).





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