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30 março 2010

Egípcios antigos usavam gordura de rabo de jacaré para amaciar os cabelos!


Receita de cabeleireiro do Egito Antigo: para deixar seus cabelos mais brilhantes, aplique gordura de rabo de jacaré. Se quiser refinar o penteado, opte pelo uso de um cone de cera no alto da cabeça e espere ele derreter todo. Essa e outras 'dicas' da Antiguidade equivaliam às nossas chapinhas: eram usadas por muitas das mulheres nos cabelos naturais ou nas perucas.
Durante séculos, os cuidados com os cabelos sempre foram preocupação do homem - seja no modo de exibi-los ou na maneira de escondê-los. Embora hoje não haja um padrão definido que domine as cabeças de nossa época, as épocas anteriores foram marcadas por penteados característicos. “A vaidade e a preocupação com a beleza vêm desde o homem das cavernas”, explica Ana Carlota Regis, autora de “História da maquiagem, da cosmética e do penteado” (Ed. Anhembi Morumbi).

Conheça os cabelos típicos de cada período da história:

Escultura de mármore mostra mulher do Império Romano (Foto: Museu Arqueológico de Istambul/AFP)

Antiguidade
Perucas e cabelos loiros

Para os egípcios, a aparência estava ligada ao status. O temor de piolhos e pragas fazia com que muitos raspassem a cabeça e usassem perucas. O corte mais comum era o reto, na altura da orelha. Em Creta, os cabelos crespos eram a moda. Eles usavam ferro quente para deixá-los mais ondulados.

Na Grécia, o loiro era o ideal. Para pintar as madeixas, eles usavam água de lixívia (um alvejante usado como água sanitária na época) ou enxugavam a cabeça com flores amarelas ou água de macela. No penteado, figuravam os pequenos coques entre as mulheres e os cortes arredondados entre os homens.

Foi no Império Romano que surgiu o primeiro barbeiro profissional. Os romanos tinham corantes para colocação dos cabelos e remédios e loções contra a calvice (que era considerada feia por eles). Os romanos se preocupavam tanto com a arrumação dos cabelos que foi nessa época que surgiram as primeiras cabeleireiras, chamadas cometae.

detalhe da pintura de Apollonio di Giovanni mostra Dalila cortando os cabelos de Sansão, de cerca de 1453 (Foto: AFP)

Idade Média
Lenços e tranças

O moralismo do cristianismo escondeu os cabelos femininos em toucas por alguns séculos. Os germânicos inspiraram as barbas dos homens e as tranças das mulheres. As mulheres da corte e dos feudos só podiam ficar sem touca longe da visão masculina. "Como o cabelo sugeria erotismo, elas raspavam a cabeça na linha da testa, das orelhas e da nuca, para que nada aparecesse quando o toucado saísse do lugar", escreve em seu livro a autora Ana Carlota.

A rainha Elizabeth I, da Inglaterra, chegou a ter 80 perucas (Foto: AFP)

Renascimento
Penteados da Mona Lisa

A touca vira mais um enfeite do que uma necessidade, e as italianas deixam mais o cabelo a mostra. Outro look comum para as mulheres era o estilo de Mona Lisa, com cabelos divididos ao meio e presos atrás. O loiro e o ruivo também faziam sucesso, e as tinturas eram bem populares.

O visual masculino tinha cabelos de comprimento médio e usados para trás.  Aos poucos, os penteados iam ficando mais complexos e extravagantes.

Golas imensas muitas vezes impediam que se deixasse o cabelo solto, e prendê-los passou a ser tendência. A rainha Elizabeth I, da Inglaterra, usava os cabelos ruivos encaracolados, o que também virou moda.

Maria Antonieta lançou moda com seus penteados que chegavam a ter 80 cm de altura (Foto: AFP)

Século XVIII
Apliques e farinha de trigo

A época era de excessos na Europa, o que se refletia, claro, nos cabelos. Um dos exemplos mais nítidos eram os penteados altos, de até 80 centímetros, dos quais a francesa Maria Antonieta foi uma precursora.

Empoar o cabelo (cobri-lo com pó de farinha de trigo para dar o efeito branco) virou febre entre homens e mulheres da corte de muitos países, o que acabou gerando uma crise do abastecimento do produto. Na Inglaterra, a solução foi taxar os cabeleireiros.

Marcel aplica sua técnica de permanente em 1922 (Foto: AFP)

Século XIX
Os permanentes de Marcel

Após a Revolução Francesa, o luxo saiu de moda. Os cortes se voltaram ao estilo greco-romano, tanto para os homens quanto para as mulheres. E o volume era muito valorizado.

Uma das mudanças mais importantes ocorreu no final do século, com a invenção, por parte do cabeleireiro Marcel Grateau, de um método para manter as ondas no cabelo por mais tempo, usando ferro quente. "Marcel trabalhou com as mais famosas mulheres da França, ficou muito rico", explicou em entrevista ao G1 Steven Zdatny, professor da Universidade de Vermont e autor de "Hairstyles and fashion: a hairdresser's history of Paris" (inédito em português).

No Brasil, a moda era praticamente igual à da Europa.

A atriz americana Louise Brooks usou por muitos anos o estilo Channel (Foto: AFP)

Primeira Guerra
Curtos

A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) muda a sociedade - e os cabelos. Os comprimentos diminuem, e os penteados ficam menos enfeitados. Em 1920, Coco Channel corta os cabelos curtos e lança a moda do formato reto com franja.

Outro penteado popular era o 'à la garçonne', curto e com um fio de 'pega rapaz' - mecha colada à testa.

Salão de beleza de Paris, em 1944 (Foto: AFP)

Segunda Guerra
Chapéus e turbantes

Os cabelos dessa época continuam curtos, mas mais ondulados. Atrizes de cinema começam a ser referência para os estilos. Os homens adotaram um estilo mais solto e passaram usar mais o chapéu.

Na França da Segunda Guerra, as mulheres que se relacionavam com soldados alemães eram consideradas traidoras e tinham seus cabelos raspados em público.

No Brasil da época, era pouca a variedade de xampus e de tinturas para os cabelos. O clareamento era feito com água oxigenada.

Nos anos 1940, turbantes eram comuns entre as mulheres, assim como os os coques e enchimentos. Uma moda que se lançou na rua foi o uso de redes no cabelo. As mulheres as usavam no trabalho e voltavam com elas para casa. Com a popularidade, a classe rica passou a usar também.

Audrey Hepburn foi ícone dos anos 1950 (Foto: AFP)

Anos 1950
Rebeldes

O estilo americano está em voga, e os homens aderem ao topete alto com cabelos curtos. Outro corte popular eram os cabelos à escovinha. O estilo cowboy também foi difundido.

Entre as mulheres, os modelos eram Marilyn Monroe e Audrey Hepburn. A sensualidade estava em evidência e se revelava nos rabos-de-cavalo, franjas ou madeixas soltas com um pouco de volume.

Penteado 'capacetinho' usado pela modelo Twiggy viraram febre nos anos 1960 (Foto: AFP)

Anos 1960
Coques e androgenia

O estilo unissex ganha vida nessa época, e os cabelos altos ganham popularidade, com muito laquê. Para conseguir os coques grandes eram usados apliques e, no Brasil, chegou-se a usar palha de aço. 

A atriz Brigitte Bardot lançou o corte chucrute, um penteado alto com um coque frouxo. O estilo Beatles, arredondado e liso, foi copiado em diversas versões e ficou conhecido como 'capacetinho'.

Os homens experimentavam variações, e o comprimento teve leve aumento nessa época.

Hippies usavam cabelos soltos e compridos (Foto: AFP)

Anos 1970
Lisos hippies

Os hippies adotam um look conhecido: cabelos longos com flores ou fitas para enfeitar. Há um clima de 'natural' e simples.

Os partidários do movimento Black Power usavam os cabelos armados e com muito volume.

A atriz francesa Arielle Dombasle, em 1988 (Foto: AFP)

Anos 1980
Volumes, volumes

Os anos 1980 tiveram muito, mas muito volume. O estilo masculino era meio despenteado de propósito, e o aspecto molhado, usando gel ou mousse era visto em ambos os gêneros.

Atriz Drew Barrymore (esquerda) e a cantora Courtney Love em 1995 (Foto: AFP)

Anos 1990
Tribos

O exagero da década anterior diminuiu, e os anos 1990 tiveram uma maior simplicidade. As tribos urbanas se vestiam de maneira características e os cabelos acompanhavam.

Como adereços, os clips de borboletinha ou flor viraram febre.

A brasileira Gisele Bundchen é hoje padrão de beleza (Foto: AFP)

Hoje
Sem padrão

"Não existe mais nenhum parâmetro para um estilo de cabelo como vimos, por exemplo, mas décadas de 1960 ou mesmo de 1980. As atrizes não mantêm mais um estilo que possa ser imitado. São tão camaleoas quanto suas fãs", escreve Ana Carlota Vita em seu livro. Segundo a autora, hoje qualquer corte ou modelo usado tanto para homens quanto para mulheres é socialmente aceito e pode ser mudado na próxima ida ao salão.



Fonte: Giovana Sanchez Do G1, em São Paulo

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