Sempre fui assim. Talvez tenha herdado esse gene de minha mãe, porque ela também é assim. (Segundo a teoria do norte-americano Edward Wilson, fundador da Sociobiologia, tais características, como altruísmo e egoísmo são transmitidas geneticamente). Não me incomodo por ser altruísta, e sim por ser demais. Já dizia o ditado que a "A diferença entre o remédio e o veneno está na dosagem". Ou seja, não é o caminho dos extremos o mais adequado, mas o do equilíbrio, o que devemos buscar. Às vezes sinto falta de ser um pouco egoísta. Penso demais nos outros, me coloco sempre no lugar das pessoas. Nem sempre isso é bom. A maior dificuldade humana é a manutenção do equilíbrio em tudo que faz , em tudo que se é, ou gostaria de ser. O ser humano é desequilibrado por natureza. E desse grupo de 'desequilibrados', acho que faço parte. Não sei dosar altruísmo e egoísmo. O altruísmo sempre vence... E, mais uma vez repito... Nem sempre isso é bom...
O psicanalista e psicopedagogo Chafic Jbeili diz que "adentrando nos aspectos psíquicos dos hábitos egoístas e altruístas, pode-se dizer que - no âmbito psicológico - o egoísmo é uma espécie de “assassinato” e o altruísmo uma espécie de “suicídio”. No primeiro caso o sujeito “mata” o outro em sua mente para se dar bem; no segundo caso o sujeito “se mata” para o bem do outro. É preciso buscar equilíbrio nos pensamentos egoísticos e altruísticos sem que se chegue aos extremos, pois a questão não é “matar” ou “morrer”, mas viver bem sabendo que aquilo que é seu virá para você e aquilo que é do outro, o homem não toma! " http://chaficjbeili.blogspot.com/2009/06/equilibrio-entre-egoismo-e-altruismo.html
Preciso encontrar esse equilíbrio, então....
Abaixo seguem mais algumas informações, relatando a origem dos estudos sobre altruísmo.
A palavra altruísmo foi criada por Auguste Comte, filósofo francês, que em 1830, a caracterizou como o grupo de disposições humanas, sejam elas individuais ou coletivas, que inclinam os seres humanos a se dedicarem aos outros. Portanto altruismo não é sinônimo de solidariedade como muitos pensam, é um conceito muito mais amplo. É um conceito que se opõe ao egoísmo (inclinações específica e exclusivamente individuais individuais ou coletivas).
Na definição comtiana o altruísmo enquanto virtude é a atitude de viver para os outros. Para que uma pessoa seja altruísta precisa dominar os instintos egoístas, que existem naturalmente em todo o ser humano, fazendo emergir as inclinações benévolas, que também estão sempre presentes.
Um homem altruísta age de modo a conciliar sua satisfação pessoal com o bem estar e a satisfação de seus semelhantes, de sua família e de sua comunidade. Instintos naturais de benevolência isoladamente não constituem o altruísmo. Irão constituir apenas se a pessoa conseguir dar caráter de habitualidade. Os instintos de benevolência, esporadicamente, emergem no comportamento humano. É preciso fazer do altruísmo um estado habitual que diminua e substitua continuamente os instintos egoístas, tornando-os menos ativos e mais controláveis.
O entendimento do conceito de altruísmo tem a relevância filosófica de se referir às disposições naturais do ser humano, o que indica que o ser humano pode ser bom e generoso naturalmente, sem ser necessário a intervenção divina ou sobrenatural.
Segundo o pensamento comtiano o altruísmo apresenta-se em três categorias fundamentais: o apego, a veneração e a bondade. Da direção que vai do apego até a bondade, a intensidade do altruísmo diminui e, dessa forma, sua importância e sua nobreza aumentam. O apego diz respeito ao vínculo que os iguais possuem entre si. Já a veneração se refere ao vínculo que os mais fracos têm para com os mais fortes (ou o vinculo entre os que vieram depois para com os que vieram antes). E por fim, a bondade, é o sentimento que os mais fortes têm em relação aos mais fracos (ou aos que vieram depois). ( http://www.infoescola.com/psicologia/altruismo/ )
Bt. Am.
0 mil pitacos!:
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