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05 fevereiro 2010

Anjos e Demônios

Devo estar um pouquinho atrasada do restante do mundo, mas hoje resolvi falar sobre o famoso Livro "Anjos e Demônios"! É que eu comecei a lê-lo há 1 ano atrás, e parei nas 100 primeiras páginas. O motivo?? Falta de tempo, e às vezes por preguiça, admito! rsrs. Bom, mas agora, 1 ano depois, no finalzinho das minhas férias, voltei a ler... E simplesmente estou devorando!! Antes, estive também com o DVD do mesmo título nas mãos, porém, desisti de ver, por saber que, se eu tivesse visto, nunca mais terminaria de ler o livro!! 
E então, lendo os acontecimentos finais do enredo (faltam apenas 50 páginas para o final), com aquela história toda que revela o confronto da religião contra a ciência, e vice-versa, pude compreender atitudes da Igreja Católica que antes não faziam sentido para mim. Quem acompanha esse blog há algum tempo, sabe que eu faço parte de uma minoria que não acredita em divindades, ou seja, sou cética para as questões relativas à espiritualidade, mas também, sou humilde em dizer que não sou dona da verdade, portanto, se me provarem o contrário (isto é, se me comprovarem a existência de "seres imateriais"), sou capaz até de mudar de concepção sobre isso...
Entretanto, voltando ao assunto ICAR (Igreja Católica Apostólica Romana) versus Ciência, o livro aborda muito bem a questão dessa rivalidade: Por que a Igreja impediu tanto o avanço da ciência, e porque a Ciência busca tanto outras explicações fora do campo religioso.
O discurso que o carmelengo (Obs: essa pessoa é uma espécie de secretário particular do Papa) faz no livro, enfatizando o lado negativo das descobertas científicas, é bem esclarecedor. Lá, mostra claramente quais são os medos da Igreja. Quem leu, sabe do que estou falando... Quem não leu ainda, é uma boa pedida para 2010!!!
O que posso dizer é que, mesmo não acreditando em deus, não sou contra a existência das religiões, por saber que existem pessoas que, por não saberem  guiar-se sozinhas, precisam dessa "ajuda" religiosa. Então, mal a elas não deve fazer....
O que sou contra, é quanto ao fato de pessoas e mais pessoas por esse mundo afora, não conseguirem utilizar a mente de forma positiva para si e pra os outros praticando sempre o bem, sem precisar de alguém "pastoreando"... Ou seja, se as pessoas só servissem ao bem, por consciência própria, a existência das religiões talvez não fosse tão necessária. E se ao invés, de clamar a um deus aí qualquer, para que suas vontades, sonhos, desejos se realizem, clamassem pela sua força interior, a "presença" dessas divindades também não fossem tão requisitadas...
Da mesma forma a ciência... Se todas as descobertas científicas fossem para melhorar esse mundo em que vivemos, a religião não teria tantos motivos para impedir seu avanço, como vem fazendo por séculos...

Beth Amorim..

3 mil pitacos!:

Daniel Caetano disse...

Beth, eu penso muito parecido com você; entretanto, não penso em Deus como pastor, mas sim nas religiões como pastoras.
Chego a achar triste que algumas pessoas só consigam seguir um caminho de virtude e bem se estiverem sendo conduzidas por alguma entidade; precisam de alguém para lhes dizer o que é o bem e o mal.
Entretanto, acredito em Deus, mas não como "uma pessoa", como normalmente se coloca. Para mim Deus não gosta nem disgosta, não ajuda nem atrapalha... essas coisas todas são características humanas, e não acho que seja bem por aí. Penso em Deus como uma força criadora indescritível e inimaginável em nossa realidade.

Mas porque acredito em Deus? Bem, por uma razão até que lógica: de algum lugar, tudo começou e, a partir de então, passou a valer a regra "nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Como acho insano pensar que "tudo sempre existiu", porque para mim isso não faz o menor sentido, foi necessário existir algum agente para induzir a existência dessa regra e para colocar tudo em um estado inicial.

Algumas pessoas argumentam que "Mas se precisou existir Deus para criar tudo, quem criou Deus? Algo precisou sempre ter existido." e, neste caso, eu respondo: na hipótese de Deus ter criado nosso universo, por construção ele não está incluído neste universo... doravante, as regras deste universo não necessariamente valem por lá... e é impossível tecer comentários indiscutíveis a respeito.

Mas por que fico com uma versão (a da existência de uma força criadora) ao invés da alternativa (o universo sempre existiu)? Não se explica, pra mim é um axioma... é como o ponto a reta e o plano. Por isso, penso, que se diz "crença", não fato.

Tudo isso para afirmar que compartilho de sua visão sobre como se deve balisar a própria vida. "O mundo é", exista um Deus ou não. E a minha crença é que temos de fazer o melhor que temos com o que nos foi dado, com a nossa existência... :)

Mas o que é o melhor a fazer?
Segundo a filosofia existencialista, nós mesmos é quem temos de definir. :)

Beth Amorim disse...

Gostei do comentário! E respeito bastante seu ponto de vista sobre a existência de Deus. O que vc falou sobre 'as religiões pastoras', é algo que concordo, e na verdade, foi isso que quis colocar no texto. Só esqueci de dizer que existem vários motivos que fazem as pessoas acreditarem em Deus. Eu apresentei um deles... E até agora, eu mesma, não me identifiquei com nenhum deles, por isso minha descrença...!

Abraços, e valeu pelas visitinhas!

Jorge Luiz disse...

Deixando a discussão religiosa a parte, o livro foi muito bem escrito é até melhor do que o Código da Vinci, já o mais recente livro "O símbolo perdido" deixou a desejar.
Nos dois anteriores Dan Brown equilibrou muito bem os argumentos religiosos e científicos, no "símbolo perdido" ele exagerou em ambas as partes, sem falar que a narrativa principal do livro se encerra e ainda há mais umas 50 páginas de blá-blá-blá.

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