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16 agosto 2011

Viver [feliz] é o que importa.

É comum acharmos que nunca estamos preparados pra "isso ou aquilo" que a vida nos apronta. Se é tragédia, achamos que não suportaremos todas as coisas e sentimentos ruins que virão depois dela. Se é felicidade demais, nos achamos incapazes [ou não merecedores] de tamanha bonança. O ser humano é um bicho esquisito mesmo. 

Até passar por algo, você nunca saberá se é, ou não, preparado para aquilo. Na maioria das vezes é, mas você não tem como saber... até passar. 

Eu sempre tive muito medo da morte. Não da minha, mas das pessoas que amo. Aquelas que estão BEM próximas a mim. A morte é triste, dolorosa, e, embora saibamos que a mesma seja a única certeza que podemos ter, ainda sofremos muito com a partida de pessoas queridas. É difícil acreditar, principalmente no momento em que a morte ocorre, que aquela pessoa que fazia parte da nossa vida cotidiana, já não mais estará presente fisicamente. Dói. Dói muito. Mas é preciso entender que todos estão passíveis de enfrentar um acontecimento assim. E comigo não seria diferente.

Eu nunca achei que suportaria [ou superaria] a morte de alguém próximo. Sempre tive muito medo do momento em que isso acontecesse. Eu sabia que muito provavelmente isso iria acontecer antes que eu mesma morresse, mas mesmo assim, temia o momento. Sempre achei que não aguentaria passar por tanta dor. Mas o tempo nos mostra outra coisa...

Hoje, depois de ter passado por essa morte tão trágica, sei que é possível sobreviver a algo assim. E não só isso! Sei que também é possível: entender, conformar-se, superar(-se), crescer e até voltar a sorrir de novo um dia.

Se dói ainda? Dói, mas só quando eu permito a dor vir. E no momento eu não estou permitindo. Decidi fechar meu coração para a dor. Agora deixo apenas que sentimentos nobres e benéficos se instalem em mim. Não é bom sofrer. Não é bom alimentar um sentimento que não te faz bem, seja ele qual for. Até um amor não correspondido, mesmo sendo amor, faz mal por não existir reciprocidade. 

Então, por isso resolvi continuar ou voltar a viver. Mas para mim não serviria qualquer tipo de "viver". Para mim, só interessaria se a esse "viver" fosse agregada a tão almejada FELICIDADE. Aí sim, me sentiria bem disposta para continuar a jornada. 


E agora eu vos digo: encontrei novamente a felicidade. Achei que isso fosse demorar muito pra acontecer, devido ao estado em que eu me encontrava. Mas foi um encontro tão inesperado, que por um breve momento, senti que não fosse possível voltar a conviver com isso. Era como se eu já tivesse desacostumando-me com a ideia de ser feliz um dia. No entanto, antes que a felicidade fosse embora outra vez, eu a agarrei. Resolvi "permitir" que ela fizesse parte da minha vida novamente... E agora estou aqui, como mais força de vontade do que nunca pra poder continuar minha vida.

Sei que muitos acharão estranho uma mudança tão súbita. Sei que outros farão julgamentos precipitados e maldosos. Sei até que muitos gostariam que eu passasse mais tempo "curtindo" o luto e a tristeza desmedida, encarando isso como prova de amor a Anderson (como já aconteceu aqui). Um amor, diga-se de passagem, que ele sentiu que era real e verdadeiro todos os dias em que convivemos juntos. E se tem uma coisa que me deixa tranquila e de consciência limpa, é isso: saber que todos os dias que Anderson viveu ao meu lado, eu fiz de tudo para tornar a vida dele melhor e mais feliz. E quem acompanhou de perto essa história, sabe o quanto eu obtive sucesso nesse sentido.

Mas a essas pessoas (que provavelmente não me conhecem, e assim sendo, não sabem nem de longe o que passei, e por isso mesmo, não são capazes de me desejarem o bem), eu digo apenas isso: o que vocês pensam, acham ou imaginam sobre mim não mudará quem eu realmente sou. E, da mesma forma que eu demonstrei força para superar esse trauma, demonstrarei força também para lidar com esse grupo de pessoas que preferiria me ver mergulhada em uma depressão profunda...

Desculpe-me se "decepcionei" vocês, mas, nesse momento, estou optando por ser FELIZ. E "viver feliz", para mim, é o que importa!


"É melhor ser alegre que ser triste, alegria é a melhor coisa que existe..."












5 mil pitacos!:

Pensamentos soltos disse...

Beth, mais uma vez você me surpreende. E fico feliz por você ter se mostrado tão forte a ponto de dar a volta por cima. Deixar a tristeza pra lá, e simplesmente viver. Você é linda, cheia de vida e merece ser feliz. Afinal acredito que FELICIDADE é o que todos nos buscamos para dar mais sentido a vida.

Um grande abraço.

Beth Amorim disse...

Ow, minha querida!

Obrigada por todas as palavras de incentivo que tens me deixado durante esses meses...

Unknown disse...

Olá Beth, A Fênix!

"Súbita ?". Não Beth,de súbita não teve nada!!Mas sim,de perseverança,de força interior. Os seus segundo de reencontro a esta felicidade,foram longos,porque vc enfrentou não o tempo,mas a dor interior. A dor que lhe móia por dentro,era a mesma que ajudava a forjar a força para rencontrar o caminho da felicidade.

A felicida de quem tem a consciência, de que viveu intensamente,mesmo o imponderável tenha interrompido.Sentir-se feliz(Me permita), é reconhecer que que viveste uma felicidade que um homem e uma mulher podia compartilhar.

Aqueles que não entendem esta sua vitória no jogo da vida.E como em todo jogo onde há um vitorioso existem os derrotados! Os perdedores são aqueles que não acreditam,que existem pessoas que tem um força tão intensa,que quando parece prostrada,encontra força para sacudir a peoira dos escombros e construir um novo edifício chamado felicidade.
Estamos para te apoiar em qualquer estado em que esteja!

Ficamos duplamente feliz!
Por ver vc postando um novo texto! (faz faltas amiga rsrss.
E ver vc firme!

Beth Amorim disse...

Obrigada, amigo Nonato!! Sei que os verdadeiros amigos se alegram com o meu reencontro com a felicidade.

Ah, e estou postando pouco pq ando muito atarefada com o trabalho... Depois que reorganizar aqui meus horários, voltarei ao Tempestade de Ideias com força total! rs

Abraços!

Neila disse...

Tão feliz por você...

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