O beijo só, não basta. Quero arrancar a alma inteira pela boca, armazenar o orgasmo em cantis no deserto.
Como deixar o bom senso, até mesmo o cotidiano, para ganhar uma loucura completa?"
...Quem semeia pensamentos, colhe 'tempestade de ideias'... By @Beth_Amorim
Se existe uma coisa hoje em dia, que eu acho ridícula e “sem-noção”, é a história do “graças a Deus”. Mas eu entendo as pessoas que continuam fazendo/dizendo isso. Quando eu seguia alguma religião ou ainda acreditava na existência desse ser, eu também não tinha noção de que era tão ridículo assim, agradecer a Deus por tudo o que acontecia na minha vida.
Minha amiga arrumou um namorado bom? Graças a Deus! Meu primo passou no vestibular? Graças a Deus! Deu tudo certo no parto da minha cunhada? Graças a Deus!
Isso é ridículo.
Vou pegar um exemplo bem recente pra ilustrar a situação. Trabalhei o ano inteiro. Se estou nesse emprego foi por mérito único e exclusivo meu, ou seja, eu estudei, me esforcei, fiz por onde e consegui. Nem Deus, nem ninguém me deu nada de “mão beijada”.
Se ganho um salário no fim do mês, é justo, dado que trabalhei o mês inteiro. Se quando chega o final do ano, eu ganho um salário-extra (13°), e gasto mais da metade dele comprando presente pro povo que eu quero bem e comprando o que for necessário pra preprarar um jantar pra reunir a família, é porque me deu vontade de fazer isso. Se o jantar foi farto, ótimo! Eu consegui atingir meu objetivo.
Agora me digam: Onde está Deus nessa história? Será que se eu tivesse ficado em casa, não tivesse ido trabalhar um diazinho se quer esse ano, deus teria depositado meu salário todo mês e ainda teria depositado um 13º salário na minha conta, no final do ano? Com certeza não, né? Basta ver o monte de gente que existe pelas ruas, pedindo esmolas, e Deus nada de ajudar.
Então, por que eu deveria agradecer a Deus por qualquer coisa que fosse, quando o mérito de tê-la conseguido foi meu, e não dele? É muita inocência acreditar que Deus está nos dando “de presente” alguma coisa.
Daí vem alguém e diz: “Ah, mas foi Deus quem permitiu tudo isso. Foi Deus quem lhe deu saúde para conseguir” ...
Aham. Deus me deu tudo isso. E por que Ele deu logo a mim, que falo tão mal dele? Por que ele não deu a uma amiga minha, “piolho de Igreja”, “beata”, que reza 3 terços por dia, e mesmo assim está quase morrendo com uma doença terrível nos ossos? Será que ela não merece mais do que eu, que Deus lhe dê sáude “de presente”?
Quer ver outro exemplo? Fulando tá passando 15 dias no hospital, se tratando de uma pneumonia crônica. Quando ele sair, com certeza terá alguém (ou vários “alguéns”) pra dizer: Graças a Deus, ele ficou bom!
Ha ha ha… Então, o médico da história foi o que? Um coajuvante? E os remédios?
Tá parecendo que eu acordei revoltada por alguma coisa que aconteceu, né? Mas não foi não… É que às vezes eu tenho esses “rompantes”! Mas lembrei disso, depois que terminou os “festejos natalinos” aqui em casa, e uma tia minha soltou a seguinte pérola: “Graças a Deus deu tudo certo… a nossa ceia foi ótima!”
Pôxa, depois daquele trabalhão todo que tive, ela vem agradecer a Deus?
Tive que tomar uma dose-extra de paciência nesse dia…
Bom, e agora, os crentes (anônimos ou não) já podem jogar suas pedras, ops, seus comentários “tão gentis”…. Tá liberado, galera!
Ah, e #ficadica: se está tudo dando certo em sua vida, não agradeça a Deus! Agradeça a si mesmo, pois você deve tá fazendo por onde!
Pra que você inventou isso, hein? Foi o que minha mãe perguntou quando eu comuniquei que iria fazer a ceia de Natal/2010 aqui em casa. Minha mãe é super gente boa, mas preocupa-se com o trabalho que um “evento desses” dá. Normal.
Bom, comecei convidando o povo mais chegado. A ideia inicial era trazer apenas o povo da família. “Contei” todos que poderiam vir de certeza, e deu em torno de 18 pessoas. Foi o primeiro susto. Lembrei que eu nunca cozinhei para mais do que 6 pessoas. O medo de fazer a comida, e ela acabar no 10º prato foi grande. Daí que eu pensei que não se pode fazer comida pensando no número exato de pessoas. Então, joguei o número mais pra frente. Fechei em 25 pessoas.
Meodeuso! Como vou conseguir fazer tanta comida? Foi o que pensei… Será que vai dar pra todo mundo? Será que o povo vai gostar? Ai, tantas dúvidas…
Foi então “que peitei” a situação e assumi a responsabilidade. Mãe, pode ficar quieta, tia também. Eu faço tudo. E vamos pra frente. Às 10 da manhã me enfiei na cozinha. Não sabia por onde começava, mas enfim resolvi começar. Aos poucos fui desenrolado e colocando pra fora meu “lado cheff” de cozinha.
Achei que não ia dar tempo. Era muita coisa a ser feita. E eu estava sozinha. Pensei até em levar minhas roupas para cozinha [achei que nunca mais iria sair de lá]…
No entanto, o tempo foi passando e a cada prato pronto, eu dizia “ufa”. E de “ufa” em “ufa, fui terminando um a um, até que às 18h conclui tudo.
Como eu não tinha muita noção de quantidade, continuei achando pouca comida. O medo de acabar e não dar pra todo mundo era grande. Imagine a vergonha que eu ia passar?!
Chegou a hora se servir. Chama o povo aí pra encher o bucho, mãe! E lá vem o povo. Acabou vindo mais 7 pessoas que eu não estava esperando [que não eram da família]. Lembrei da conta dos 25. Era o número exato de pessoas que eu havia pensado. Exato? Affy… Não vai dar, pensei. Fiquei meio apreensiva, mas, agora já era…
E lá foram eles…. Cada um fazendo seu prato, sentando e comendo. As caras estavam boas [acho que gostaram]. Não deixaram “sobras” no prato. Alguns repetiram, e, no final das contas, todos comeram. Todos. Alívio.
Quando olhei para a mesa, vi que eu não tinha feito comida para 25 pessoas. Eu tinha feito para 35! Ainda sobrou. U-huuu! Deu certo! E ainda recebi elogio da minha sogra e da minha mãe. Disseram que eu cozinhava muuuuito bem! De minha mãe coruja eu até entendo o elogio, mas como a sogra também falou… Deve ter ficado bom mesmo, aquele rango.
E assim, terminei a noite morta de cansada, mas contente por minha “empreitada” ter dado certo. Só esqueci de tirar foto da mesa, para a posteridade. Mas tudo bem. Fica para a próxima(?).
Tem coisa mais triste do que ser trocada(o) por outra(o)? Nusss…. É aquela coisa. Bate sempre aquelas velhas questions, tipo: “por que será que ele fez isso comigo?”, “o que ela(e) tem que eu não tenho?”, ou “o que eu fiz de errado?”. E, lembrando que isso é apenas o começo. Afinal, ser trocada(o) rende várias fases….
Primeiro “fingimos” que não foi com a gente [tipo, se alguém pergunta, ou insinua alguma coisa, mudamos logo de assunto…]. Depois aceitamos que foi com a gente sim, mas que “não estamos nem aí…” [que “ele(a) seja muito feliz”, que “eu sou mais forte que tudo isso”, que “já já aparece outro(a)”, que “ele(a) não sabe o que está perdendo”….].
No entanto, passado uns dias, enfim chega a SMS, e nós caimos na real. Daí vem o momento deprê. Maldições, pragas rogadas, choros no travesseiro, lamentos, tristeza, olheiras, quilos a mais ou a menos.
Comigo, o momento deprê sempre foi muito generoso! Perdia os quilos que estavam sobrando e ficava “no ponto” para a próxima conquista! Tá, eu também chorava por uma semana, ou por uns 4 dias…. Mas uma hora as lágrimas acabavam, ou eu simplesmente enjoava de ficar com minha cara ali, enfiada naquele travesseiro.
O momento deprê mais rápido que tive, durou duas horas. Aconteceu no primeiro não-te-quero-mais, que me foi inocentemente dito nas entrelinhas.
Esse “chute na bunda” aconteceu às 18h. Fui pra casa, me dei conta do que tinha acontecido, chorei durante 1h agarrada ao travesseiro. Pensei durante 15 minutos como eu estava sendo boba e ridícula, e em seguida fui tomar banho e me arrumar. Às 20h estava numa festa dançando horrores! Estava curada. Porém, eu ainda não sabia que tinha sido trocada por outra. Quando soube…. Bem, isso já passou, né? Pra quê relembrar?
Depois disso, outros episódios parecidos aconteceram [pelo menos, uns dois]. E confesso, o momento deprê demorou um pouco mais. Porém, nunca mais do que uma semana. Juro.
Eu sempre soube ocupar minha cabeça com coisas melhores, ao invés de ficar pensando no falecido. Tipo: sair com as amigas, tomar umas cervejas, rir pra caramba com as-conversas-proibidas-para-ouvidos-masculinos, e beijar aquele lindo que apareceu, “do nada”, lá no barzinho.
Mas lógico, cometi erros imperdoáveis no auge do momento deprê, como por exemplo, colocar no orkut, a foto de um zé mané [lindo, mas ainda assim, um zé mané] que eu estava tendo um affair, pra o outro que me deixou, ver que eu estava bem, obrigada, mesmo depois de saber que tinha sido “trocada”. Cabeça de vento. Depois aprendi (?) que não é assim que se faz.
Bom, mas cada um tem seu modo de sair do fundo-do-poço-emocional. Eu tenho o meu, e talvez você também tenha o seu. E só falei sobre isso, porque vejo atualmente, algumas amigas passando por essas fases-sem-noção-de-um-pós-fora.
Se ele(a) tiver trocado você por outra(o), nada do que você fizer ou disser no orkut [ou no twitter], vai fazer ele repensar no caso, e voltar pra você. Pelo contrário, só vai servir pra novata ficar rindo de sua cara… Mal sabe ela que poderá passar pelo mesmo, um dia… [Ops, será que tô falando demais? Perdoem-me. Deve ser culpa do vinho…]
Propaganda de Ateus em ônibus, é Barrada em Porto Alegre e Salvador:
Veja a notícia completa no blog O Caicoense.
É engraçado, como às vezes dentro de um mesmo relacionamento, nós experimentamos as várias faces [e/ou fases] do amor…
Começa com aquela paixão louca que toma conta da gente… Aquela euforia, aquela necessidade de ter o outro só pra você…. Enfim, aquela coisa intensa e inquietante que a maioria das pessoas sentem…
Um tempinho demora até que o namoro se firme de verdade.
Daí, quando isso chega a acontecer, passamos a conviver mais intimamante com a outra pessoa, e outros sentimentos vão se agregando à relação, como o companheirismo, a amizade, a paciência para encarar e aceitar os defeitos da pessoa que outrora era perfeita…
E então, o que todos convencionaram a chamar de “amor” chega. Aquela tranquilidade, aquela coisa boa, aquela segurança, aquele equilíbrio que faz com que aquelas duas pessoas se entendam e construam uma vida juntos, pelo menos, durante um certo tempo de suas vidas… Sim, porque sinceramente eu não acredito que todo amor seja eterno. Acredito que podemos amar “para o resto da vida” uma mesma pessoa sim, mas não como “uma regra”.
Existe até uma frase muito conhecida que diz assim: “se acabou, é porque não era amor”. Eu discordo. Acho que amamos verdadeiramente, mas em alguns casos, o amor pode acabar sim. Até porque, ninguém é obrigado a amar alguém pelo resto da vida, só porque dizem que “amor que é amor, deve ser eterno…” Lógico que as coisas boas, nós queremos que durem para sempre! E o amor que é bom e faz bem, não vamos querer que acabe.
Porém, às vezes no meio da relação amorosa, um dos dois acaba perdendo o controle “das rédeas do amor”, e passa a “amar demais” o seu par. E “amar demais” aqui, é daquele tipo de amor que sufoca, que tira a sua própria paz e a paz de quem estiver com você. Começa a viver somente em função da outra pessoa, do que ela faz, do que deixa de fazer…. E então, as atitudes começam a ficar diferentes. Quem “ama demais”, passa a exigir a presença do outro “para sempre” em sua vida. A partir daí, as cobranças, o ciúme e a insegurança tomam conta.
Confesso que já passei por isso. Já “amei” desse jeito, ou seja, fora dos limites. E digo a vocês: não gostei da experiência. No momento em que percebi o que eu estava fazendo comigo e com a relação, eu me toquei. Na verdade, eu nem me toquei sozinha. Foi o meu amor quem me deu um toque “bem sutil”. Ele disse assim: “Você tá ficando doente, Beth.”.
Isso que ele me disse, foi como um peteleco que me fez acordar. Eu realmente estava ficando doente. E estava adoecendo também tudo à minha volta, inclusive a relação. O amor tinha virado obsessão. E tudo o que me importava, era o que ele fazia… Passei a viver em função disso e do medo de perdê-lo.
A partir desse dia, comecei a exercitar o meu autocontrole. Foi difícil. Demorou um tempinho, mas voltei a amar “da forma correta”. Nem demais, nem de menos. Somente como deve ser. Sem sufocar a outra pessoa, sem me martirizar por determinadas coisas, sem sofrer, sem esperar demais, sem aquela dependência, sem aquele incômodo, sem aquela desconfiança exagerada, sem aquela necessidade incontrolável de ter toda a atenção da outra pessoa voltada para mim…
Foi a primeira experiência do tipo que eu tive. E dessa experiência, eu retirei muito aprendizado. Não quero mais voltar a ser daquele jeito.
Hoje, a relação voltou ao normal. Como era antes…
“O problema de viver uma vida para o outro, em relações não saudáveis, com base na dor e sofrimento, nos tira praticamente tudo. Faz-nos cegos para o que está a nossa volta. Faz-nos surdos para o que poderia transformar a nossa existência. Torna-nos anestesiados, sem brilho, tristes. Sós.”
[Trecho do texto de Sandra Maia, “um convite a quem ama demais” – Yahoo Comportamento]
"You revealed a world to me
and I would never be
Dwelling in such happiness"
[You and Me - The Cranberries]
.... mas, de todas, essa é a mais linda!
"Não, meu coração não é maior que o mundo; É muito menor. Nele não cabem minhas dores. Por isso gosto tanto de me contar… Por isso me dispo, Por isso me grito, Por isso me exponho cruamente…"[C. Drummond de Andrade]
"…E que fique muito mal explicado. Não faço força para ser entendido. Quem faz sentido é soldado…"
Mário Quintana
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