Até os 7 anos de idade, quem me fizesse a clássica pergunta “o que você vai ser quando crescer?”, eu “enchia a boca” e dizia: Eu Quero Ser Freira!
Pode até parecer mentira, mas é sério! E tem mais…
Quando me perguntavam “por que eu queria ser freira”, eu respondia com toda a convicção de uma criança de 5 ou 6 anos: Porque um dia quero me tornar uma Santa! Lógico que eu já sabia que deveria morrer pra isso acontecer. Mesmo assim, eu queria muito ser uma Santa…rs
É mole??? Meu “grande objetivo de vida” aos 6 anos de idade, era me tornar uma Santa, depois de uma vida inteira sendo uma “freira” bondosa!
Minha mãe, meus irmãos, minha vó, minhas tias, os vizinhos, os amigos da família, todos sabiam que eu queria ser freira. E depois da minha morte, me tornar uma Santa. E todos achavam isso muito bom! Pelo menos eu não me “perderia na vida mundana”!!!
Bom, isso foi até eu iniciar a 1ª série (hoje, 2º ano) do ensino fundamental. Foi lá que, aos 6 anos e seis meses, pela primeira vez, eu me apaixonei. Era um menino lindo, loirinho, de olho verde e meio gordinho. Ahhhh, o primeiro amor….. não correspondido! Ele nunca soube que eu existia! Na verdade, até soube, mas não naquela época…
No entanto, depois que comecei a sentir esse “amor platônico” (o primeiro de muitos que ainda viriam… rsrs), esqueci a conversa de ser freira E esqueci porque me disseram que uma freira nunca, nunquinha mesmo, poderia se apaixonar por um homem qualquer (ou menino, no caso). Disseram-me que as freiras tinham que se “apaixonar e casar” com Jesus. E, definitivamente, na época não achei que Jesus fosse alguém por quem eu iria me apaixonar, a ponto de casar (mesmo ele sendo aquele cara lindo, pintado nos quadros, e tão loirinho quanto o menino lá da escola!). Enfim, achei que Jesus era muito velho pra mim…
Eis então que a vida passa…
… A decisão de ser freira, foi mesmo “pras cucuias”;
… Dez anos depois, ou seja aos 17 anos, reencontrei “o menino da escola” numa festa. Ele não era mais tão gordinho e nesse dia ele quis “ficar comigo”, no entanto, eu não estava “muito a fim”. Já tinha outro “amor platônico” nessa época. Sim, eu tive vários! Inclusive Brad Pitt foi um deles! No entanto, tive alguns “reais” também… É tanto que…
…Aos 18 anos fiquei grávida! E pra “o desgosto” da família, eu também não quis casar como mandava o figurino. Casei do “meu jeito” mesmo! Era bem mais prático…
… Ah, e não esquecendo que, aos 22 anos, realizei meu sonho de infância por um dia: Me vesti de “freira”. Foi numa apresentação de um seminário da faculdade. O texto que estávamos apresentando falava do comportamento de algumas freiras que, às vezes, fugiam dos conventos, para ter encontros “às escondidas” (acho que a disciplina era História da América). Detalhe do figurino: eu estava grávida. De verdade. Era minha segunda filha. E o meu grupo, de uma forma bem “criativa”, me escolheu para “representar as freirinhas sapecas e danadinhas” que fugiam por uma noite do convento e voltavam com a “barriga cheia”…rsrs.
Hoje, acho graça dessa história toda…
Alguém que um dia quis ser freira e até “virar uma santa”, hoje e se tornou ateia… Vá entender…
Eis a minha vida, com suas inúmeras contradições e extremos…
2 mil pitacos!:
Mas vamos aos fatos.Teus leitores (eu) querem relatos da vida mundana.Tipo drogas sexo e rock and roll.
Vixe...
Num dia de muita "coragem" eu conto, viu, Ricardo!!! rsrsrs...
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