Por Ailin Aleixo
(Texto que encontrei aqui)
As mulheres assassinaram o cavalheirismo
“Não preciso que ninguém pague a conta do restaurante: trabalho desde os 20 anos e posso muito bem arcar com o preço da minha almôndega.
Não preciso que ninguém puxe a cadeira para que eu sente: tenho braços e o mínimo de coordenação motora para realizar a tarefa.
Não preciso que ninguém abra a porta do carro para eu entrar: consigo usar minhas mãos pra isso. E, bônus, sem cair de cara no meio-fio.
Realmente posso fazer tudo isso sozinha. Mas adoro quando um homem faz por mim.
Cavalheiros são uma raça superior; e mulheres que sabem receber essas delicadezas sem chiliques, também. Nada mais ridículo do que uma feminista ensandecida que interpreta uma simples gentileza masculina (chamar o garçom para servir o vinho, por exemplo) como uma ameaça devoradora à sua independência. Parece que ele está querendo extirpar o clitóris da cidadã. Ah, vá se catar! Beba o vinho e cala a boca: deixe o cara ser homem e cuidar.
Adoro mimos masculinos. Quanto mais flores chegarem ao meu trabalho, melhor. Curto que cedam a passagem para mim na escada rolante. Se ele quiser ficar do lado da rua enquanto andamos na calçada, tudo bem: não sinto minha liberdade ameaçada porque ele prefere que eu não seja atropelada. É uma tremenda mentira dizer que afagos cavalheirísticos não fazem falta nestes tempos de tantas obrigações, deveres infindáveis. Para que me privar de coisas tão boas quanto ter uma jaqueta colocada sobre as minhas costas numa noite de vento frio? Aceito ser a parte mais “fraca” se isso significa ser cuidada com carinho.
Mas homem cavalheiro é um troço difícil de achar. E a culpa é, em boa parte, das mulheres: se parássemos de reclamar da falta de modos e galanteios dos machos e nos tornássemos melhores professoras (seja como fêmeas, seja como mães), todas estaríamos mais satisfeitas. No final das contas, eles são frutos da nossa educação. Se a maioria tem o grau de gentileza de um hooligan é porque deixamos de mostrar que ser zeloso não é sinônimo de ser veadinho e que ser carinhoso não broxa; nos omitimos na hora de apontar a trilha certa e só saímos da moita no momento de dar bronca porque eles enfiaram o pé no estrume. Daí já é meio tarde: a merda está feita.”
Ailin também escreve sobre gastronomia
em seu blog http://www.gastrolandia.com.br
Seu twitter é http://twitter.com/ailinaleixo
1 mil pitacos!:
Oi Beth !
Concordo que é algo homens cavalheiros e modestia a parte até que sou, porem creio que ha limites.
Durante um certo tempo, onde trabalho, foi necessario que eu trabalhasse por alguns meses na mesma sala da secretaria do meu chefe e com isso passamos a trabalhar lado a lado e a conviver todos os dias. Então como cavalheiro que sou, passei a fazer certas gentilezas, durante o trabalho, na hora de ir aos restaurantes para almoçar, dei presentinho quando vez aniversario.
Depois disso tudo o que ela pensou e ate me perguntou diretamente?
Perguntou se eu tava afim de ficar com ela. Respondi que não, pois não estava mesmo e na epoca eu tinha namorada, gostava dela somente como amiga e pequenos mimos e gentilizas eram só maneiras de tratar bem quem se gosta.
E o que isso tudo quer dizer? Que cavalerismo ao extremo pode ser interpretado como um sinal de segundas intenções.
Outra coisa, ja presenciei garotas conversando entre elas (primas e amigas) e em diversas vezes ouvi conversas onde elas se referiam a certos rapazes que faziam diversas coisas pra elas, ou pra algumas delas e este era adjetivado de bonzinho. Depois de ouvir tais conversas, comecei a usar como sinonimo para bonzinho o termo babaca, pois notei que elas se aproveitavam das boas atitudes do rapaz em questão.
Portanto, defendo que o cavalherismos deva permanecer, mas com limites, pois ha pessoas que se aproveitam da boa vontade dos outros ou interpretam mal atitudes de simples carinho.
Concorda comigo?
Então é só menina.
Boa sexta feira
Bom fim de semana.
xau
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