A verdade é uma só: a gente não esquece pessoas que foram tão importantes na nossa vida, mesmo quando elas nos fizeram sofrer como o cão.
A boa notícia é que a gente não esquece, mas supera. E se lembra de outras coisas: de como somos fortes e merecemos mais. Lá na frente, fica difícil lembrar porque pastamos tanto, e as boas recordações se transformam em fotos num álbum da memória, que você vê sorrindo - mas depois guarda de novo no fundo do armário e segue a vida.
Como se faz isso? Enfrentando. Dói muito perder um amor, seja levando um fora, seja desistindo dele. Certa vez, um escritor disse que a dor de perder alguém em vida é pior do que a dor da morte, porque é o nunca mais de alguém que se poderia ter, já que está vivo e por perto.
A gente costuma só fazer bobagem nessa hora. Planejamos vinganças que nunca iremos concretizar - ou, pior, que tentamos. Fazemos piada, apontando todos os defeitos que, enquanto estavam ao lado, não incomodavam tanto assim. Arranjamos outros casos ou beijamos estranhos na balada. Temos recaídas, ligamos pra dizer as coisas que ficaram no ar, cedemos sob a ilusão de que foi só dessa vez, ou que é só sexo, ou que foi a última. Ficamos obcecadas em pensar no que deu errado, no que poderíamos ter feito, no que deveríamos esclarecer. Dizemos que nunca mais, quando sabemos que, no fundo, queríamos dizer sim. E por aí afora.
A boa notícia é que a gente não esquece, mas supera. E se lembra de outras coisas: de como somos fortes e merecemos mais. Lá na frente, fica difícil lembrar porque pastamos tanto, e as boas recordações se transformam em fotos num álbum da memória, que você vê sorrindo - mas depois guarda de novo no fundo do armário e segue a vida.
Como se faz isso? Enfrentando. Dói muito perder um amor, seja levando um fora, seja desistindo dele. Certa vez, um escritor disse que a dor de perder alguém em vida é pior do que a dor da morte, porque é o nunca mais de alguém que se poderia ter, já que está vivo e por perto.
A gente costuma só fazer bobagem nessa hora. Planejamos vinganças que nunca iremos concretizar - ou, pior, que tentamos. Fazemos piada, apontando todos os defeitos que, enquanto estavam ao lado, não incomodavam tanto assim. Arranjamos outros casos ou beijamos estranhos na balada. Temos recaídas, ligamos pra dizer as coisas que ficaram no ar, cedemos sob a ilusão de que foi só dessa vez, ou que é só sexo, ou que foi a última. Ficamos obcecadas em pensar no que deu errado, no que poderíamos ter feito, no que deveríamos esclarecer. Dizemos que nunca mais, quando sabemos que, no fundo, queríamos dizer sim. E por aí afora.
Número um: assuma a dor. Coisas morrem quando se perde um amor: aquela parte da gente que acreditava no final feliz, a paixão que parecia tão certa, os momentos felizes que não se repetirão, a companhia com quem nos habituamos. Tentar se enganar com soluções práticas do tipo cortar o cabelo e comprar roupas novas, ou cair nos discursinhos de sou-mais-eu não tapa o buraco. Melhor dizer, em voz alta, pro espelho e para quem mais puder ouvir, que sim, estamos sofrendo. Chorar, gritar, socar o travesseiro. E nos dar esse tempo de luto, feito de silêncio, de reflexão, de recolhimento - e não de gestos impulsivos movidos pelo desespero, que não podem trazer de volta quem se foi nem nos fazer sentir melhor a longo prazo.
Depois, vem a reconstrução. Quando vivemos próximas demais de alguém, a vida muda, fica dupla. É hora de lembrar nossas necessidades. Quais eram nossos planos antes da história começar? O que deixamos para trás nessa relação? Não precisamos ter alguém ao lado para estar inteiras. Esse "buraco" que fica é um vazio só nosso. Precisamos tapá-lo sozinhas, resolvendo nossas carências, enfrentando nossos medos, nos tornando pessoas completas. Por nós e pelas nossas próximas relações: quem precisa de alguém para ser feliz não o será, nem sozinha, nem com companhia nenhuma.
E sim, táticas práticas, como tirar as lembranças de perto, ir a lugares que não estão marcados pela história, mudar de sala, de emprego, de cidade até, arranjar um caso novo, isso tudo pode ajudar por um tempo. Mas não podemos fugir de nós mesmas, e nenhuma mudança externa resolve se não evoluímos por dentro. Pode-se aprender com a perda, mas somos nós quem temos que tirar essa lição.
Depois, vem a reconstrução. Quando vivemos próximas demais de alguém, a vida muda, fica dupla. É hora de lembrar nossas necessidades. Quais eram nossos planos antes da história começar? O que deixamos para trás nessa relação? Não precisamos ter alguém ao lado para estar inteiras. Esse "buraco" que fica é um vazio só nosso. Precisamos tapá-lo sozinhas, resolvendo nossas carências, enfrentando nossos medos, nos tornando pessoas completas. Por nós e pelas nossas próximas relações: quem precisa de alguém para ser feliz não o será, nem sozinha, nem com companhia nenhuma.
E sim, táticas práticas, como tirar as lembranças de perto, ir a lugares que não estão marcados pela história, mudar de sala, de emprego, de cidade até, arranjar um caso novo, isso tudo pode ajudar por um tempo. Mas não podemos fugir de nós mesmas, e nenhuma mudança externa resolve se não evoluímos por dentro. Pode-se aprender com a perda, mas somos nós quem temos que tirar essa lição.
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